Há anos na endodontia os profissionais têm mudado seu conceito com relação à conservação da estrutura dental.
Antigamente era muito comum ver tratamentos em que o dentista fazia uma abertura excessivamente ampla para conseguir localizar os canais radiculares.
Em consequência disso, o dente ficava completamente fragilizado e mais suscetível à fratura coronária.
Com o surgimento das lentes e do microscópio, a visualização do canal se tornou uma etapa menos complexa em que se exigia menos desgaste da coroa.
Porém, mesmo com acessos minimamente invasivos foi possível observar que o número de dentes condenados após o tratamento de canal não tinha sido reduzido.
O que foi observado é que a maior parte dos dentes com tratamento de canal indicados para a exodontia havia fratura radicular (na raiz). Isso ocorria por causa de um conceito que foi aceito durante anos que é o pré alargamento cervical.
O pré alargamento cervical tinha o intuito de deixar o canal mais reto na sua porção inicial para diminuir sua curvatura, atingir todo o canal radicular e diminuir o risco de fratura de lima.
Com a chegada das limas de Niti, já não era mais necessário esse pré alargamento tão excessivo. Os instrumentos de níquel titânio têm a característica de ter flexibilidade. Portanto, não são como os instrumentos de aço utilizados anteriormente.
Porém, mesmo com esses instrumentos, a mentalidade ainda continuava a mesma: sempre fazer um bom pré alargamento cervical prévio à instrumentação da porção apical.
Hoje, nós temos uma nova concepção. Com a utilização do microscópio, a estrutura coronária e a radicular são preservadas.
Dessa maneira, a anatomia do dente e o diâmetro dos canais são respeitados e conseguimos fazer uma excelente descontaminação sem desgastes excessivos. Assim, é possível evitar futuras fraturas e conservar o dente com saúde na boca.
Tem alguma dúvida sobre o tratamento de canal ou sobre a conservação da estrutura radicular? Envie-nos uma mensagem ou deixe um comentário abaixo.